Ao contrário do que o título sugere, o livro não se centraliza no filósofo Quincas Borba — que já aparecia em Memórias póstumas de Brás Cubas —, mas em seu herdeiro, o ingênuo Rubião. Com a fortuna herdada, o rapaz se muda para o Rio de Janeiro, onde será manipulado pelo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia.
A sociedade de aparências e o parasitismo social são os principais alvos de Machado nesta obra. O cientificismo e o positivismo de Comte, muito em voga no século XIX, também não escapam da veia irônica do autor. Quincas Borba é uma de suas maiores obras.
Machado de Assis (1839-1908) ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia Brasileira de Letras. Aos 15 anos publicou seu primeiro trabalho literário no Periódico dos Pobres. Foi colaborador do Correio Mercantil e, em 1860, passou a fazer parte da redação do Diário do Rio de Janeiro. É considerado um dos mais brilhantes autores brasileiros.