Para Ana, com amor

Ana Eduarda enxerga um corpo fora do seu corpo. Um corpo com proporções distorcidas aos seus olhos, uma casca marcada por rótulos. Decidida e obstinada, a jovem reserva para si listas e números para manter uma disciplina cruel em busca de uma magreza idealizada que não habita seu corpo. Um corpo que existe, resiste, insiste.

Depois de passar por um episódio marcante que abalou suas amizades, seu namoro e sua família, Duda rompe suas relações com o mundo e consigo mesma. Agora, a nova vida na faculdade de biomedicina parece ainda mais difícil e solitária e poderá retomar antigos hábitos e demônios. Isso até conhecer Kátia, uma amizade que pode ser sua ruína e sua salvação.

Mais do que um relato sobre transtornos alimentares, Para Ana, com amor é um retrato sensível do amadurecimento, da importância de ter uma rede de apoio e do desenvolvimento de uma jovem mulher na sociedade. Em tempos de redes sociais e exaltação de padrões de beleza cada vez mais irreais, esse é um tema urgente e necessário que nos mostra como a pressão estética atravessa indivíduos, suas escolhas e suas relações interpessoais.