HANNAH ARENDT Nasceu em 1906, na Alemanha. Sua famÃlia, originÃĄria de KÃķnigsberg, na PrÚssia Oriental, era formada por intelectuais e profissionais liberais judeus. Teve como mestres os filÃģsofos Martin Heidegger e Karl Jaspers, tendo este Último orientado sua tese de doutorado sobre Santo Agostinho. Por ter participado de atividades ligadas ao movimento sionista, foi presa em 1933 e escapou para a França, onde viveu atÃĐ 1941. Nesse perÃodo, casou com Heinrich BlÞcher e fez amizade com Walter Benjamin. Em 1941, depois de uma permanÊncia em um campo de refugiados no sul da França, foi para Nova York, onde se instalou definitivaÂŽmente, tendo adotado a cidadania americana. Nos anos seguintes, acompanhou os acontecimentos na Europa e preparou As origens do Totalitarismo de 1951. A parte mais importante de sua obra data dos anos 1950 e 1960. Em A condiçÃĢo humana (1958), estabeleÂŽceu as bases da sua teoria polÃtica. Entre o passado e o futuro (1961) reÚne ensaios de crÃtica dos tempos somÂŽbrios do sÃĐculo XX. Sobre a revoluçÃĢo (1963) compara as duas grandes revoluçÃĩes modernas â a americana e a francesa. Envolveu-se em 1963 na polÊmica em torno do livro Eichmann em JerusalÃĐm (1963). Em pauta estaÂŽva o significado do subtÃtulo do livro: Um relato sobre a banalidade do mal. TambÃĐm nos anos 1960, foram puÂŽblicadas suas intervençÃĩes no debate polÃtico, em Sobre a violÊncia (1970) e Crises da RepÚblica (1972). Os anos 1970 foram dedicados à filosofia e a compor A vida do espÃrito â Última obra, inacabada â em que foram con-sideradas as atividades do pensar, do querer e do julgar. Hannah Arendt morreu em 1975, nos Estados Unidos. Em 2018 a Bazar do Tempo publicou AçÃĢo e a busca da felicidade, coletÃĒnea de quatro textos da autora, inÃĐditos no Brasil.