Biologia Budista

Em 2002, Ken Schulz foi ouvir o Dalai Lama falar na India. Verdade seja dita, ele não esperava muito da palestra.

Um biólogo molecular com uma pilha de livros de Richard Dawkins em sua mesa de cabeceira, ele se autodescrevia como um racionalista. 

O tipo de empirista obstinado que tem pouca paciência para o espiritismo ou para as baboseiras religiosas.

Mas o discurso do monge tibetano o pegou desprevenido.

O que ele disse não soou como um absurdo. 

Era lógico e convincente. Especialmente o que ele tinha a dizer sobre a natureza do eu e a impermanência. 

O Dalai Lama tinha sua própria maneira de falar sobre essas ideias, é claro, mas elas ainda ressoavam no cientista. 

Essas ideias, ele percebeu, o ajudaram a pensar com mais clareza sobre seu próprio trabalho.

Esse encontro casual o lançou em um caminho de descoberta. 

Quanto mais fundo ele cavava, mais claro ficava que o budismo e a biologia não estavam apenas circulando os mesmos insights – eles estavam convergendo caminhos para as mesmas conclusões.

Ao longo do caminho, abordaremos algumas das principais ideias abordadas bem como destacaremos algumas das maneiras mais notáveis ​​pelas quais a filosofia budista e a biologia se sobrepõem produtivamente em sua compreensão do que exatamente significa ser humano.