"aqui jaz/ o presente// eterno porque eterna// mente fugaz", escreve Arnaldo Antunes. Em seu novo livro, o compositor e poeta mistura poemas, poemas visuais e fotografias para falar sobre o tempo â o presente e tambÊm o passado: "nÃŖo tenho saudades/ do que vivi// porque tudo/ estÃĄ aqui".
O isolamento, o noticiÃĄrio e a polÃtica sÃŖo eixos centrais desses versos que, com humor e sensibilidade, impressionam por sua atualidade e contundÃĒncia. Para Noemi Jaffe: "Naquele que talvez tenha sido o ano mais difÃcil de nossas vidas, ano de pandemia e de esboço de ditadura, Algo antigo repercute a solidÃŖo de cada um 'isolado/ por um exÊrcito de desertos', cada um como uma 'multidÃŖo amputada'. Mas Ê 'enfiando a adaga do sentido na palavra' que cada uma dessas multidÃĩes recupera e refaz seus sentidos possÃveis, prontos para o que foi, Ê e virÃĄ a ser.".
ARNALDO ANTUNES nasceu em 1960 em SÃŖo Paulo. Poeta, compositor, mÃēsico e artista visual, foi um dos criadores e membros do TitÃŖs e recebeu o Grammy com o grupo Tribalistas, alÊm de muitos outros prÃĒmios. à autor de Agora aqui ninguÊm precisa de si (2015) e Como Ê que chama o nome disso (2006), entre outros livros.